Mulheres são pessoas de sorte, elas costumam achar muitas coisas nessa vida; primeiro elas acham que o sofrimento só nasceu para elas, que é um padecimento exclusivo feminino; nem precisa dizer o que advém disso, é bastante lógico, homem está isento de sofrer, é claro!; também acham que só elas são capazes de se envolver emocionalmente em profundidade, o que implica na superficialidade masculina, é óbvio; homens são propensos a serem imaturos, gays, insensíveis, pouco românticos, e mais uma série interminável de defeitos.
O assunto é recorrente, mas é a mais pura verdade; apesar disso tudo, o homem ideal existe, a única pena é que ele não é ele, é ela, é uma uma mulher. Isso mesmo, o ideal feminino da perfeição masculina é mulher. Ou seja, no fundo o que as mulheres pretendem é uma relação lésbica. Mais do que isso! A pretensão é manter uma auto-relação, todas são apaixonadas por si próprias. Talvez com a evolução das clonagens, no futuro, isso seja possível, teremos multidões de novos casais formados por Maria e Maria, Angela e Angela, Ana e Ana, etc.
Antes de tudo é preciso assumir que não há perfeição em nada, assumir que somos falhos e que há falhas. T-o-l-e-r-â-n-c-i-a é uma palavra que ficou fora de moda, todo mundo repentinamente ficou inflexível, rigoroso, não há espaço para o perdão. É preciso que eu diga que não fui vítima, nem estou sendo vitimado por nada do tipo. Escrevo pois sobre aquilo que vejo e sobre aquilo que leio. Sobre essa postura de magistratura que as mulheres assumiram. Que sejam cada vez mais felizes com seus julgamentos, mas receio que os réus estejam se acabando...