Friday, January 19, 2007

O que mais há na vida?

Ouvindo-se certas opiniões chega-se a conclusão do quanto a maioria das pessoas pensam pequeno. Ou seja, não cabe na cabeça um certo universalismo, uma certa abrangência ao ver o mundo, constatar a realidade que os cerca, mesmo que de longe. Tudo se resume ao pequeno mundo em que vivem, aos limites do lar, do aparelho de televisão - que é a forma pela qual vêem o mundo.

E a televisão é, cá para nós, uma forma pobre de ver o nosso mundo. Imagem completamente distorcida pelos interesses econômicos que governam os interesses das diversas emissoras. Não pense que estou falando só Brasil, falo do mundo! A forma como os norte-americanos reagiram ao ataque brutal e despropositado ao Iraque é uma prova cabal dessa total desinformação. Lembro, na época, a maciça aprovação popular a imbecil determinação de Bush.

Por aqui o fenômeno é igual, todos centrados em futebol, carnaval e telenovelas. Como eu costumo dizer, vêem a vida em capítulos todos os dias. Nas novelas - numa gama que cobre quase todo o horário nobre! - as famílias gastam todo o seu tempo. Acreditem, no chamado "país do futebol", o horário da novela mudou o horário do futebol...

Monday, January 15, 2007

Entendidos...

Está difícil de ser feliz nesse país do jeito como as coisas estão, principalmente na área da segurança. Só se ouve "entendidos" com propostas mirabolantes para resolver o problema, gente sem vivência do assunto, teóricos, faladores, gente que não faz a menor idéia daquilo que estão falando.

Professores universitários, técnicos de uma área inexistente, pesquisadores de um campo sem dados. Os verdadeiros profissionais da área continuam calados. Não são ouvidos porque não são doutos na matéria, são só gente que trabalha e/ou trabalhou durante 20, 30 ou 40 anos na área. Possuem a experiência prática, e mais, possuem a prática do antes e do depois.

Qual antes e depois? Do antes que as forças policiais perdessem o respeito e do depois, da falta total de respeito com a polícia, com a justiça, com as autoridades, com o Estado, com as leis. Vestiram na polícia a máscara do pavor reacionário que nutriam pelos governos ditatoriais, enfraqueceram-na como uma forma de enfraquecer o poder da autoridade no país. Aumentaram na outra ponta os direitos individuais, elevaram-nos quase ao infinito.

Agora é politicamente incorreto falar nisso; a constituição "redentora" de 1988 fez os índices de criminalidade dobrarem imediatamente no país (é só conferir qualquer estudo estatístico sério). A lei que garante o cidadão, garantiu também o marginal, foi o que ocorreu. Agora a criminalidade corre solta e sem controle. Eu não acredito que o Estado tenha condições de retomar as rédeas da situação. O futuro? ......

Thursday, January 04, 2007

Resta-me pouco

O que me resta para a mancebia? Restam-me as letras, fiéis companheiras, pensamentos, escritos, idéias, conceitos. A tudo o mais dei adeus. Foi. Passou o tempo, passaram pessoas, amigos, companheiros e eiras. Mantenho a mancebia companheira com os livros, com meu computador, máquina afável, disposto sempre, paciente, contente, eficiente.

São elas, as letras, as amigas de fato, que estão sempre ao meu lado. Que posso dizer de diferente disso? A verdade sempre é a verdade. Não desfaço das gentes, pois que falo delas em meus escritos. Escrevo sobre gente. Leio sobre gente. Também sou gente. Mas quando agente não as encontro, fogem-me, somem, andam por outros caminhos diversos.

Saio a passear com as letras...