Thursday, May 31, 2007

Facilidade

Recebeu ou não propina de empresa? Qualquer um pode achar que: 1. a acusacão é grave - e está certa em pensar dessa forma; 2. é difícil se defender da acusação - e está errada quanto a isso, é muito fácil provar a inocência, a não ser que o acusado seja mesmo culpado.

Basta um simples e banal extrato bancário especificando as retiradas da conta do acusado, dos valores ditos recebidos como propina. Ninguém deposita dinheiro de propina em conta bancária, a retirada do dinheiro é prova bastante da origem do mesmo.

Ah, mas o acusado não tem os registros dos saques da sua conta bancária? Bom, aí fica difícil mesmo de provar a inocência...

Friday, May 25, 2007

Sacudir



















Pimenta, a vida precisa muitas vezes de um tempero, algo que mexa com as estruturas, que abale o status quo. Com o tempo paramos, criamos sedimento, limo, uma crosta que nos rouba a sensibilidade, e diminui a nossa comunicação com os outros, a nossa ligação com o mundo.

Ninguém quer ser assim, simplesmento nos transformamos nisso. A vida nos retira energia, perdemos a cinética, paramos porque é mais fácil do que resistir, reacelerar dá trabalho, sacudir a poeira mexe no que está acomodado, acamado.

O emprego não é tão bom, mas é um emprego. O amor não existe mais, mas alguém nos faz companhia. O lugar já nos cansou, mas estamos acostumados com os caminhos, com os cantos e recantos. Esse lugar comum, essa monotonia conforta, acomoda, nós adormecemos, apodrecemos e a morte nos chega, em vida...

Friday, May 04, 2007

Verdades sobre os regimes

A verdadeira dialética socialista não conquista os corações. O socialismo baseia-se no amordaçamento das liberdades individuais, no imobilismo e no estatismo econômico, no fim da democracia representativa e do pluripartidarismo.

Os exemplos estão aí para quem quiser ver. E não vale apresentar exemplos que não representem a verdadeira dialética socialista, olhem para Cuba, retirem as vendas e olhem para o que Chávez está fazendo na Venezuela.

Isso não significa apoiar incondicionalmente o outro lado da moeda, ser um capitalista roxo. Todos conhecem os males do capitalismo, a manipulação e a concentração da renda na mão de poucos. Mas é preciso optar entre ser escravo do partido ou da moeda.

A pior coisa de ser escravo do partido é o imobilismo total, ou seja, não há saída - nem mesmo um visto de saída no passaporte que lhe permita ir embora!

Tuesday, April 03, 2007

O outono virou primavera

Melhorou, abandonamos o clima de verão. Se eu não gosto do verão? Gosto, mas não desse verão quente e abafado de Porto Alegre. Agora estamos num outono primaveril, um outono ameno e razoavelmente quente (porque o calor continua, se bem que em menor quantidade, a temperatura caiu dos 36 para os 26).

Sinto-me feliz. Isso, estou mais de 50% feliz, posso me dizer feliz porque predomina em mim o sentimento da felicidade. E, depois, quem não tem as suas mazelas? Quer uma dica bem bacana?
Vai no blog do Noblat e clica no link da Estação Jazz e Tall, como o próprio Noblat diz, são mais de 600 músicas de Jazz e MPB. Nada melhor do que trabalhar (ou, ou, ou...) ouvindo uma boa música!

O outono virou primavera

Melhorou, abandonamos o clima de verão. Se eu não gosto do verão? Gosto, mas não desse verão quente e abafado de Porto Alegre. Agora estamos num outono primaveril, um outono ameno e razoavelmente quente (porque o calor continua, se bem que em menor quantidade, a temperatura caiu dos 36 para os 26).

Sinto-me feliz. Isso, estou mais de 50% feliz, posso me dizer feliz porque predomina em mim o sentimento da felicidade. E, depois, quem não tem as suas mazelas? Quer uma dica bem bacana?
Vai no blog do Noblat e clica no link da Estação Jazz e Tall, como o próprio Noblat diz, são mais de 600 músicas de Jazz e MPB. Nada melhor do que trabalhar (ou, ou, ou...) ouvindo uma boa música!

Wednesday, March 28, 2007

A Produção de Rapadura

Eu não trabalho no IBGE, não sou técnico no assunto, mas defendo que o nosso Produto Interno Bruto - PIB - deva se basear exclusivamente na produção da rapadura. Em vez do PIB teríamos o PIR - Produção Interna de Rapaduras - como base de medida do crescimento.

Justifico: qual o sentido de ficar se apoiando em produtos estranhos e desconhecidos da nossa cultura, usar ferro, minerais, produção de automóveis e outros produtos exóticos como padrão não faz o menor sentido. Vamos defender um subproduto da cana, da cachaça, a rapadura.

Mais rapadura é igual a mais progresso. Quanto crescemos esse ano em toneladas de rapaduras? Faz todo o sentido!

Saturday, February 03, 2007

Limites

Quais os limites do meu texto? O vocabulário? A imaginação? O medo de contar? Os textos podem ser infinitos, como infinitas são as idéias, o que vem à nossa imaginação. Palavras? Não preciso de tantas para contar um história, só preciso das certas, para que saia uma história certa sobre a coisa certa. Difícil de acertar? Nem tanto.

Era uma vez uma história, que é como começam a contar os contadores de histórias. Pensando bem, era uma vez levanta mais dúvidas do que fornece mais certezas. Era? Por quê? Uma vez? Quando é que era? Quem? Como? Um contador de histórias num governo revolucionário está numa verdadeira fria!

Abre o bico! Conta a tua história! Errr... quer dizer... eu já não tenho tanta certeza sobre essa história, para falar a verdade nem lembro direito como era... já nem sei se sei, sabe como é, né?, o tempo passa e a gente esquece...

Friday, January 19, 2007

O que mais há na vida?

Ouvindo-se certas opiniões chega-se a conclusão do quanto a maioria das pessoas pensam pequeno. Ou seja, não cabe na cabeça um certo universalismo, uma certa abrangência ao ver o mundo, constatar a realidade que os cerca, mesmo que de longe. Tudo se resume ao pequeno mundo em que vivem, aos limites do lar, do aparelho de televisão - que é a forma pela qual vêem o mundo.

E a televisão é, cá para nós, uma forma pobre de ver o nosso mundo. Imagem completamente distorcida pelos interesses econômicos que governam os interesses das diversas emissoras. Não pense que estou falando só Brasil, falo do mundo! A forma como os norte-americanos reagiram ao ataque brutal e despropositado ao Iraque é uma prova cabal dessa total desinformação. Lembro, na época, a maciça aprovação popular a imbecil determinação de Bush.

Por aqui o fenômeno é igual, todos centrados em futebol, carnaval e telenovelas. Como eu costumo dizer, vêem a vida em capítulos todos os dias. Nas novelas - numa gama que cobre quase todo o horário nobre! - as famílias gastam todo o seu tempo. Acreditem, no chamado "país do futebol", o horário da novela mudou o horário do futebol...

Monday, January 15, 2007

Entendidos...

Está difícil de ser feliz nesse país do jeito como as coisas estão, principalmente na área da segurança. Só se ouve "entendidos" com propostas mirabolantes para resolver o problema, gente sem vivência do assunto, teóricos, faladores, gente que não faz a menor idéia daquilo que estão falando.

Professores universitários, técnicos de uma área inexistente, pesquisadores de um campo sem dados. Os verdadeiros profissionais da área continuam calados. Não são ouvidos porque não são doutos na matéria, são só gente que trabalha e/ou trabalhou durante 20, 30 ou 40 anos na área. Possuem a experiência prática, e mais, possuem a prática do antes e do depois.

Qual antes e depois? Do antes que as forças policiais perdessem o respeito e do depois, da falta total de respeito com a polícia, com a justiça, com as autoridades, com o Estado, com as leis. Vestiram na polícia a máscara do pavor reacionário que nutriam pelos governos ditatoriais, enfraqueceram-na como uma forma de enfraquecer o poder da autoridade no país. Aumentaram na outra ponta os direitos individuais, elevaram-nos quase ao infinito.

Agora é politicamente incorreto falar nisso; a constituição "redentora" de 1988 fez os índices de criminalidade dobrarem imediatamente no país (é só conferir qualquer estudo estatístico sério). A lei que garante o cidadão, garantiu também o marginal, foi o que ocorreu. Agora a criminalidade corre solta e sem controle. Eu não acredito que o Estado tenha condições de retomar as rédeas da situação. O futuro? ......

Thursday, January 04, 2007

Resta-me pouco

O que me resta para a mancebia? Restam-me as letras, fiéis companheiras, pensamentos, escritos, idéias, conceitos. A tudo o mais dei adeus. Foi. Passou o tempo, passaram pessoas, amigos, companheiros e eiras. Mantenho a mancebia companheira com os livros, com meu computador, máquina afável, disposto sempre, paciente, contente, eficiente.

São elas, as letras, as amigas de fato, que estão sempre ao meu lado. Que posso dizer de diferente disso? A verdade sempre é a verdade. Não desfaço das gentes, pois que falo delas em meus escritos. Escrevo sobre gente. Leio sobre gente. Também sou gente. Mas quando agente não as encontro, fogem-me, somem, andam por outros caminhos diversos.

Saio a passear com as letras...